Conhecido por ser o berço da Orquestra de Cavaquinhos de Brasília, o projeto Waldir Azevedo ganhou o prêmio Cultura Viva da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e, agora, é Ponto de Cultura. A iniciativa oferece diversas atividades e está com inscrições abertas para quatro oficinas. Ao todo, 90 pessoas participarão das aulas gratuitas.
As ações foram contempladas em primeiro lugar no edital para Manutenção de Espaço de 2016, da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, e contam com recursos do Fundo de Apoio à Cultura. As oficinas ocorrem desde o primeiro semestre de 2018 e serão realizadas até o fim de 2019. As aulas são ministradas por Dudu Oliveira, maestro da Orquestra de Cavaquinhos de Brasília, na sede do PWA, na Vila Telebrasília.
Podem participar pessoas de todas as idades, de 01 a 80 anos. Não há pré-requisito para os cursos. As inscrições duram enquanto houver vagas e devem ser feitas pessoalmente na sede do projeto. Os interessados podem escolher entre os cursos: Musicalização Infantil para crianças de 01 a 06 anos, Cavaquinho, Circo e Coral para Deficientes Visuais, uma parceria com o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV).
História – Quando chegou à Capital Federal, há oito anos, o carioca Dudu Oliveira tinha um sonho – replicar o conhecimento adquirido nos projetos sociais do Maestro Angelo Budega, que frequentou durante sua juventude no Rio de Janeiro. Foi nessas ações socioculturais que a música começou a fazer parte da vida do, hoje, maestro da Orquestra de Cavaquinhos de Brasília, formada por jovens da Vila Telebrasília.
“Começamos o grupo há sete anos. Cheguei na pracinha e chamei a turma para apreciar o som do cavaquinho. E eles ficaram encantados. Pude notar o brilho no olhar de cada um”, relembra. Após a apresentação, veio a verdadeira surpresa. No porta-malas do carro de Dudu, estavam os 13 cavaquinhos comprados com dinheiro do próprio bolso e que iam dar início a uma trajetória de superação e sucesso. “É um trabalho de resistência cultural, que dá frutos até hoje.”
Naquele outono de 2011, na Praça da Resistência da Vila Telebrasília, nascia também o Projeto Waldir Azevedo, uma ação que mudaria a vida de centenas de crianças, jovens, adultos e pessoas com deficiência, que passaram pelas oficinas gratuitas. O objetivo era levar cultura e conhecimento a partir das aulas realizadas no quintal da casa do maestro.
Com a criação do projeto, começaram os cursos de cavaquinho, violão, percussão, canto, coral, musicalização infantil, arte circense, capoeira e reforço escolar, para pessoas com idade de 2 a 70 anos. “Se hoje estou apto a tocar com qualquer músico do mundo, foi graças a projetos sociais”, destaca Dudu Oliveira, que durante a juventude também passou pelas oficinas ministradas pelo grupo Afroreggae.
Hoje, o projeto Waldir Azevedo ampliou o alcance e, agora, eles também atendem pessoas de fora da comunidade. Já a Orquestra de Cavaquinhos de Brasília coleciona apresentações em importantes espaços culturais da cidade como Clube do Choro, Centro Cultural Banco do Brasil, Festival de Orquestras Populares da Caixa Econômica Federal.
No fim de 2017, o reconhecimento dos músicos ultrapassou as fronteiras não só do Distrito Federal como do continente sul-americano. Eles foram convidados a se apresentar na Alemanha para as comemorações do Dia Internacional do Choro. Infelizmente, a falta de verba fez com que o compromisso tivesse que ser adiado.
Serviço:
Oficinas culturais Projeto Waldir Azevedo
Quando: Cavaquinho – segunda, às 20h. | Musicalização infantil – quinta, às 19h. | Circo – sexta, às 20h. | Coral para Deficientes Visuais, sábado, às 10h.
Onde: Vila Telebrasília – Rua 20, Casa 02 – em frente à praça da Resistência | Coral: CEEDV – 612 Sul – Asa Sul
Quanto: Oficinas gratuitas
Inscrições: pessoalmente, na sede do projeto
Informações: (61) 99969-9877 com Thais Tosi.