A ordem é chamar a atenção para os riscos das mudanças climáticas. As manifestações ocorreram na ante-véspera da Cúpula pelo Clima, organizada pela Organização das Nações Unidas.
No Brasil, a maior manifestação aconteceu em São Paulo, com a mobilização de milhares de pessoas a partir das 16h no vão-livre do Museu de Arte (Masp), na Avenida Paulista.
Os manifestantes eram em sua maioria jovens, que exigiam ações concretas para frear as emissões de gases causadores do efeito estufa e de combate ao aquecimento global.
Na passeata podiam ser vistos cartazes com frases como Matar a Mata nos Mata; Em Defesa da Amazônia; Não Mude o Clima Mude o Sistema; Emergência Climática; Amo a Natureza. Havia também algumas bandeiras de centrais sindicais e de movimentos ambientais.
Crianças usaram os microfones para defender o clima, criticar o uso de agrotóxicos e o consumo excessivo de carne. Elas também diziam que, ao participar da manifestação, estavam fazendo algo pelo futuro.
As crianças seguravam faixas com mensagens como Por Um Mundo Sem Desmatamento e puxaram um grito de Se Você Não Mudar Não Vai Dar para Respirar.
Em Brasília, os manifestantes se reuniram em frente à Biblioteca Nacional à tarde. No início da noite, caminharam em direção ao Congresso Nacional. Parte dos manifestantes usava camisetas verdes e agitava bandeiras da mesma cor. Cartazes e faixas diziam “Somos a natureza”, “- carne + floresta” e “Não se respira dinheiro”.
O público ouviu políticos e representantes de movimentos estudantis e ambientais. Eles criticaram as políticas direcionadas ao desenvolvimento do agronegócio em detrimento da preservação da floresta.
“Temos um modelo de consumo, da forma com que as pessoas se relacionam com a natureza, que é insustentável. Ele prevê o crescimento a todo custo e isso tem um limite, e por não levar em conta uma série de questões que têm valor, mas não valor financeiro. As novas gerações estão reparando isso”, disse Raphael Sebba, porta-voz da Fundação Mais Cerrado.
No Rio de Janeiro, ativistas do meio ambiente se concentraram desde o início da tarde na Praça XV. Carregando muitos cartazes com dizeres contra o desmatamento e pela preservação da natureza, os ambientalistas discursaram e depois saíram em caminhada pelas ruas centrais da cidade, até a Cinelândia, tradicional ponto de manifestações políticas.
Para o ambientalista Sérgio Ricardo, um dos fatores positivos da manifestação foi a presença de muitos jovens, que acordaram para o problema. “Aqui no Rio, a região mais vulnerável é a Baixada Fluminense, onde houve a ocupação desordenada das margens de rios. E o mundo caminhando para aumento climático de 1,5 grau Celcius (°C), haverá fortes inundações das áreas litorâneas”, alertou.